19 dezembro 2011

Pulsões em frases

Nenhum ser-humano deveria ser tão fraco ao ponto de não aguentar a cicatrização da perda de um amor recente e verdadeiro. Fomos feitos mais fortes do que a dor de uma partida irretornável. Ao menos assim que deveria acontecer.

Se formos refletir profundamente, no fim estamos sozinhos nessa embarcação do viver. No anoitecer dormimos com a nossa única mente inquieta. Com calor do corpo de alguém do seu lado ou não. No fim, quem fecha os olhos e tenta dormir somos nós mesmos. O do seu lado faz o mesmo.

Para os solitários o conforto e a tentativa de dormir acontecem com sons, de músicas calmas ou do barulho da tevê com o seu brilho azul e multicolor nas paredes do seu quarto. Às vezes acontece com um livro, ou com uma reza, em uma situação de baixa autoestima.

No fim, somos nós que sentimos o liquido de nossas lágrimas escorrerem no rosto, ou melhor, somos nós de uma forma solitária que sentimos a alegria de um sorriso imprevisível e sincero de um amigo. Sentimos sozinhos, compartilhamos para não morrermos sozinhos, o que é inevitável. Temos nossas preferencias para nos sentirmos recheados de prazeres que às vezes são superficiais. Espero que poucas vezes.

O segredo está no se deter no que realmente ache que valha a pena e vá transformar seu rosto num sorriso reconfortante. Alguns escrevem para se sentirem menos inúteis, mesmo que ninguém saiba a existência desses pensamentos. A materialização deste já basta para se sentir vivo.

O que seria de nós sem o entretenimento de nossa alma através da arte. Nos amparamos em palavras, em sentidos musicais ou fílmicos. Mas estamos sozinhos. No final das contas temos um só espirito e um só corpo. Uma vida em nosso cuidado. Ou você pensará que não, se tiver um filho. Mas profundamente ele estará sozinho também, nessa vida que na maioria das vidas que a habitam é maldita.

Fechamos os olhos quando queremos relaxar e pensar em nada, ou mais importante, quando agradecemos por simplesmente viver e sentirmos que devemos acordar amanha e ver como o dia se apresenta. Iluminado ou obscuro. Independentemente, nós que devemos equilibrar nosso espirito. Trocar experiências com quem ache que valha a pena e que vai te retribuir conforto ou conhecimento.

Devemos nos apaixonar por alguma coisa que nos faça sentir-se bem. Coisas materiais ou imateriais, superficiais ou com teor purístico. Não importa. O que importa é a sensação de momentos bons de confiança. Vivemos para sentirmos prazer, não dores e traumas. Vivemos para dar carinho e amor, não para ofendermos e sentirmos rancor. Mas nem sempre as circunstancias se alinham para esse caminho bom.

Somos tão reais e seria animador se estivéssemos sempre prontos para buscar, recomeçar nossos desejos essenciais. Os caminhos perdidos estão ai e existem para serem explorados e penetrados. Na maioria das vezes são osgasmáticos, mas podem levar para uma zona de escuridão e desconfortos num momento de sobriedade de si.

Agradeça por estar tudo bem, por ter alguém para abraçar, pois a vida é muito melhor quando se dá e recebe um abraço com vontade. Quando dormimos sem sentir. Quando fechamos os olhos com orgulho e quando acordamos para mais um dia no mundo, mais horas de busca de prazer e experiências. Boas ou más. Estamos no mundo, aprendamos a viver com nossos erros e crenças de acertos.

20/05/2011

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