25 setembro 2008

Os nascimento magnético

Para o deleite dos metaleiros, headbangers ou para aqueles que somente apreciam o rock, independente do rótulo (como este que vos fala), o Metallica lança Death Magnetic esse ano. Neste trabalho, eles chegaram perto do som genuíno do trash metal que a banda apresentava no começo da carreira. A sonoridade pesada, a bateria rápida e os solos de guitarra nos lugares certos, dão ao álbum uma qualidade indiscutível. Seria uma injustiça compara-lo com St Anger - sem dúvida o trabalho mais infeliz e fraco da banda – que deixou a maioria dos seus fãs frustrados.

Os integrantes tomaram consciência e voltaram a tocar no estilo que realmente dominam. Lars continua único na bateria, Kirk sempre impressionando na guitarra, James dessa vez passa a sensação de estar com a voz de 25 anos atrás e o novo baixista ali de coadjuvante - não sei por que, mas não consigo gostar de Robert Trujillo na banda (apesar da sua carreira respeitável). Nessas horas Jason Newsted faz falta e nem vou citar o Cliff porque seria prevalecimento da minha parte. Aquele sim era um baixista de qualidade, o som que tirava era indistinguível, não se sabia se era baixo ou guitarra que estava tocando... Um mestre.

Death magnetic é recheado de músicas que apresentam uma média de sete minutos de duração. Trata-se de uma porrada no ouvinte do começo ao fim, perfeito para aqueles que estão precisando de um som pesado para descarregar; ódio, rancor, fúria, ou qualquer sentimento do tipo que combine com o heavy metal. Batidas de coração e notas obscuras de guitarra introduzem a primeira música, “That was just your life”, antecipando a força agressiva e soturna do álbum. Além da primeira faixa, as destaques são: “The end of the line”; “The day that never comes”, esta a música de trabalho, escolhida para o primeiro videoclipe; a surpresa “The unforgiven III”, a balada do álbum, que a meu ver leva esse nome como uma jogada de marketing e para atrair mais ainda a atenção da crítica; e por fim “My apocalypse”. Todas essas são o ponto forte do nono trabalho de inéditas da banda.

Que não façam a besteira de tentar novamente transitar por novos sons, assim está ótimo. Afinal, o fã gosta dessa sonoridade antiga e criativa da banda. O rock e, principalmente, os metaleiros agradecem!

Metall!!!

"O dia que nunca vem"

Primeiro clipe de Death Magnetic.
Mais um sobre guerra, não precisava!! Mas a música compensa.



10 setembro 2008

Façamos como nossos hermanos: panelaço no plenário!

Eu vejo uma juventude perdida
Vejo drogas nas esquinas
Bebidas, maconha, cocaína
Não sabem como levar a vida

Fazem loucuras, só querem aventuras
Não pensam nas famílias
Vivem nas ruas, alucinados
Chegam ao ponto de cometerem crimes bárbaros

Tudo isso por falta de oportunidades
Eles não têm futuro nesse país sujo
Essa é a realidade!

Enquanto isso...

Os políticos corruptos roubam descaradamente o dinheiro do povo
Esbanjam falsa riqueza
Com suas mansões, carros importados, roupas de etiqueta

Quando que serão humanos?
Quando que se conscientizarão?
Que é preciso investir na educação
Precisamos de um líder, um herói para a nação

Isso deve acabar!
Devemos dar um basta!
Levantar a “bunda” do sofá
Ir às ruas e manifestar

Mas os tempos são outros
Não se tem movimentos como antigamente
O brasileiro abaixou a cabeça e virou paciente

Fingimos que estamos felizes mesmo estando atolados na “merda”
Não vem com essa que brasileiro não desiste nunca!
A maioria nem chega a tentar

Mesmo assim, estáticos, ainda há esperança em um país melhor
Quem sabe daqui 500 anos!

01 setembro 2008

Uma triste homenagem

É um choque quando a morte acidental acontece. Neste último sábado faleceu um conhecido em São Borja. Acidente de carro. Nenhuma novidade! O fusca que em que estava com mais dois jovens capotou. Como foi realmente não sei. Há uma grande chance que o álcool estivesse no meio. Portanto, mais uma fatalidade, dentre tantas, que essa mistura causa. Por quê? Ele só tinha 20 anos!!

Não era meu amigo, apenas um conhecido (ainda bem). Fui apresentado a ele por um colega de faculdade, que era mais próximo.

O surpreendente é que na quarta-feira nos falamos na rua após uma festa. Para ver como a vida é imprevisível. Tenho certeza que era uma boa pessoa. Apesar de não conhecê-lo a fundo, me arrisco a dizer que era um pouco inconseqüente e gostava de se divertir na noite. O que não importa nem um pouco perto das qualidades que devia possuir.

É óbvio que a morte é uma realidade, mas quando ela chega inesperadamente é indiscutível que seja muito mais dolorosa. Só o que penso é no sofrimento da família. Por isso sempre achei que o ser humano deveria somente morrer de velho; que as doenças não deviam existir; e que os filhos não poderiam morrer antes que os pais, porque vai contra a ordem da vida. E desde quando que há ordem nessa vida? Muito pelo contrário. Se fosse assim ficaríamos mais tranqüilos. Não sou cético como tantos por aí. Creio que somente a matéria que acaba, o espírito é imortal. Porém, quando acontece com alguém que convivemos é praticamente impossível pensar dessa maneira, pelo menos nos primeiros dias ou meses.

“E aí borracho!” Foi o que gritou para mim quinta-feira, no outro lado de uma rua qualquer, na última vez em que o vi. A imagem marcou.

Que Tainan fique com Deus, que esteja num lugar muito melhor e mais justo que esse em que vivemos. O importante é que ele será bastante lembrado – bem ou mal – nas rodas de jovens da sua cidade.