14 setembro 2012

Urbano, mas de coração e gene campeiro



É de apertar a garganta, de lacrimar de agradecimento por ser dessa terra. De viver num chão que tem história, não tão clara... De dor, mas, sobretudo, de audácia. De amor por nutrir os costumes que nos passaram.

É de agradecer cada nota dedilhada pelo coração nos dedos, cada melodia de cordas e de gaita de cada músico que transpira a tradição. Gratidão por cada som de voz, cada força de expressão do âmago dos nossos cantores. Cada palavra, cada oração, sentido, raio de luz de inspiração dos nossos poetas mensageiros. Cada dialeto, cada semblante triste, feliz, enrugado, dos homens simples e de honra. Obrigado a cada tropeiro. Cada aroma de terra, de pasto, de noite. Todos os sons de silencio do campo, da serenata dos grilos.

Obrigado aos nossos antepassados. Aos que não deixam morrer nossa narrativa. Nosso jeito. Nossos valores. Obrigado, a todos os Homens e Mulheres daqui. Guerreiros.


Orgulho. Não só nessa semana, mas sempre!

05 setembro 2012


Não tenho mais medo da obrigação de produzir. Não forço mais a criação. Deixo que ela venha e bata na minha mente, de supetão. Afinal, meu tempo não é aquele: frenético. E sim esse: de contemplação e reflexão.

Enquanto isso admiro a ponta rubra reluzente do meu palheiro acesso. Companheiro fiel das noites ventosas de boa solidão.