21 dezembro 2011

Mais Barbará para relembrar e se gabar


Músicas com letras poéticas, poesias musicadas; convergências da música e da literatura apaixonada gaúcha. Atributos que também permeiam Memória o último álbum lançado do músico, compositor e letrista são-borjense Mário Barbará.

O título não poderia ser mais sugestivo, pois é uma obra feita justamente para rememorar sucessos da carreira do artista. Mostrada agora com uma produção cuidadosa e limpa, em boa hora para apreciarmos mais um registro de sua obra sincera e simples; e por isso tão virtuosa. 

Com a produção executiva de Rosane Furtado e direção do conterrâneo Chico Saratt estão na lista de músicas não só as que moram no inconsciente dos gaúchos, como as premiadas Roda Canto e Desgarrados; aparecem também as harmonias nostálgicas e inconfundíveis de Colorada, Era Uma Vez, Retirante, Campesina e o xote alegre de Mala de Garupa. Todas familiares de quem conhece a obra de Mário Barbará. Além dessas bem sucedidas, há temas mais contemporâneos em parceria com José Luiz Villela (Querência Maior) e com o poeta da nova geração Rodrigo Bauer (O Inverno, e a homônima Memória).

A trinca consagrada Rillo, Barbará e Napp está aqui, sem falar na ótima participação especial de Renato Borghetti em Couro Cru. Para quem ainda não conhece a obra de Mário Barbará, é imprescindível; aos achegados e aficionados, mais uma alternativa para uma boa recordação.

Lançamento do álbum, no Teatro de Câmara Tulio Piva, em Porto Alegre, com a participação de Chico Saratt (ao meio) e Nico Nicolaiewsky (do Tangos e Tragêdias), colega do tempo do grupo Saracura.

05/08/2011

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