As sensações ao ouvir a banda londrina SAVAGES são várias e complexas ao mesmo tempo. Variam entre
satisfação, esperança, energia, introspecção e êxtase.
Reúne todas as características de uma arte sonora que
fascina quem gosta do bom e velho rock and
roll feito com vigor e dedicação. Personalidade musical agressiva, minimalista,
lúgubre, imagem icônica, temáticas cruas e atuação hipnotizante.
Música potente e simples. Direta ao ponto. Sem firulas. Uma fusão de Joy Division, Dead Kennedys, Siousxie and The Banshees, e em raros momentos, Queens Of The Stone Age. E muito mais sentimento ao invés da técnica vazia. No fim das contas, isso é o
que importa.
Os atributos são muitos e mesclados. Uma completude instrumental
sólida surpreendente. Guitarras dissonantes que cortam alma; baixo audível e
latente; bateria que beira ao militar; e a voz desesperada, suave e gritante no
ponto certo. Não se pode tirar nada dali que o monstro se desmorona.
Em apenas três anos de atividade já fizeram um estrago no mainstream. Parece que dedicaram parte
de suas vidas somente se alimentando do melhor do punk, do pós-punk, e de uma
arte vanguardista; para no momento certo, com acuidade, estourarem a bomba. O palco é o lugar de batalha das Savages. Uma banda literalmente do “ao vivo”. As quatro dão o sangue ao tocarem. Como se a Terra fosse explodir ao final da última nota.
São nessas faíscas de genialidade, como as cabeças dessas
quatro mulheres, que nos faz sentirmos orgulho de viver para e pela música. E
que isso, ao contrario do que muitos acham, não é tempo perdido. O rock está
muito vivo e imperioso.
“Silence Yourself” é transgressor e Savages é o que tem de
mais requintado no rock atual. Não há muito que dizer e sim muito que sentir.
SAVAGES
Origem: Londres, Inglaterra
Gênero: Punk, Pós-Punk, Noise Rock
Membros: Jehnny Beth - vocais
Gemma Thompson - guitarra
Ayse Hassan - baixo
Fay Milton - bateria
Gemma Thompson - guitarra
Ayse Hassan - baixo
Fay Milton - bateria
Discografia: Silence Yourself (2013)
Site: savagesband.com