O rock gaúcho sente dor pela morte prematura de um
dos seus alicerces. Flávio Basso, mais conhecido nas artes como Júpiter Maçã, morreu
nesses dias natalinos de dezembro. E com apenas 47 anos de vida excêntrica.
Um dos fundadores da lendária TNT e partícipe também
da icônica Os Cascavelletes, Basso iluminava a música com sua arte criativa e
irreverencia. Um dicotômico entre a graça e a tristeza.
Um menino roqueiro no TNT e n’Os Cascavelletes e um
homem produtivo e original nos discos solitários. Autor da obra mor do
psicodelismo brasileiro, o sydbarretiano “A Sétima Efervescência”, de valor
reconhecido além-mares.
Perdemos mais um, ou uns. Perdemos as personalidades
do Flavio e dos Júpiteres. Perdemos uma
referencia do rock do Rio Grande do Sul. Perdemos um grande artista gaúcho.
Um dos meus grandes desejos, como um apaixonado pelo rock
argentino, era ver uma apresentação do grupo Los Redondos, com o seu vocalista Índio
Solari, num dos estádios históricos da Argentina.
Patricio Rey y sus Redonditos de Ricota é uma lenda e uma
das bandas mais representativas do país hermano. Jijiji é uma das músicas mais
contagiantes que já escutei. Quando tocada ao vivo é a causa do maior pogo do
planeta.
Apesar de toda a merda praticada pelo governo argentino ao
longo de muito tempo eles são exemplos de voz ativa e amor à pátria de que se
tem notícia.