28 outubro 2008

Sábado fílmico

O último sábado foi de chuva torrencial em Itaqui. Por isso tirei a tarde para fazer uma coisa que há anos não acontecia: olhar filme na companhia de meu pai. Ótimo programa, que novamente a chuva propiciou.

Olhamos dois filmes, ambos excelentes. Um se chamava “Os Indomáveis”. Trata-se de um faroeste contemporâneo – o gênero que meu pai mais aprecia - com a atuação de dois atores de grande calibre: Russel Crowe e Christian Bale. Certamente o fez voltar no tempo e relembrar das famosas produções estreladas por Clint Eastwood. O longa ratifica que o faroeste não morreu. Ainda se faz filmes bons desse estilo, claro que de uma forma bem reduzida, mas se faz.

O outro, um suspense de alto nível e totalmente dramático. “Traídos pelo Destino” mostra a dor e a desestruturação de uma família que perde de forma abrupta um filho em um acidente. O desenrolar da história é inquietante e nos deixa apreensivos. Recomendo os dois, principalmente o segundo, até porque mexe com nosso maior medo – o meu pelo menos – perder o que é mais valioso nessa vida, um membro da família. E também por ser mais verossímil... Condizer mais com a realidade.

Acompanhado de uma pipoca e café preto, nada melhor que curtir momentos familiares com a sétima arte. Aliás, por que sétima arte? Não concordo até hoje. Poucas coisas são mais produtivas do que ver um filme. Ler um bom livro é uma delas. Enquanto isso, a chuva continua.

24 outubro 2008

O vôvo sempre será Young




Em mais uma de minhas consultas no livro “1001 discos para ouvir antes de morrer” – o tenho como uma bíblia – um álbum me chamou mais atenção, talvez pela capa ou simplesmente por curiosidade: Harvest, do cantor e compositor canadense, Neil Young, de 1972. Nunca tinha procurado conhecer a obra dele. Somente o tinha como o pai do grunge, cantor de Rockin’ In The Free World e nada mais.

Foi preciso escutar uma única vez para entender porque o álbum é considerado, para muitos, um dos maiores sucessos da mistura do country folk rock já produzido. Apaixonei-me de primeira pelas baladas de harmonias perfeitas e intimistas. Algumas acompanhadas por uma mágica gaita de boca e outras pelo instrumento mais bonito inventado pelo homem: o piano. E como Young toca maravilhosamente bem eles! Podia ter tomado conhecimento muito antes da genialidade deste cantor. Que tempo perdido!

Harvest ficou em primeiro lugar nas paradas britânicas e americanas, o que lhe rendeu fama mundial. A obra é cativante do começo ao fim, não canso de escutar. È impressionante como as músicas se completam. A Man Needs a Maid, Old Man e Heart of Gold entraram na lista das minhas 100 músicas preferidas, as quais um dia me disponho a socializá-las aqui.

Logo tratei de olhar performances antigas do músico e recomendo o show Neil Young BBC Concert 1971. Neste espetáculo, no auge da sua carreira, ele apresenta de maneira hipnotizante as músicas desta obra-prima.

Tenho pensado que Neil Young pode ser melhor que Bob Dylan e estou quase tomando essa opinião como definitiva. Sem dúvida, como cantor ele é melhor, até porque não precisa de muito esforço para cantar melhor que Dylan.

Confira Heart Of Gold ao vivo, em 1971.



15 outubro 2008

A chuva calmante

Faz três dias que chove aqui em São Borja, não só aqui, mas na maior parte do Estado. Coisa boa! Os dias estavam muito secos, já estava precisando de água para molhar um pouco a vida. Pena na esfriar! Aproveito e faço as coisas que combinam com chuva: dormir (se tiver tempo) e olhar um bom filme com os amigos, comendo uma pipoca e tomando uma Coca Cola bem gelada. Meu pai que costuma dizer: “O cara que inventou a Coca é muito meu amigo”. Ele é viciado neste refrigerante assim como eu. É um veneno para a saúde, mas fazer o quê? Ninguém mandou ser muito bom! Afinal, tudo que dá prazer faz mal feito com exagero.

Voltando ao meu raciocínio principal.

Escrevo numa noite chuvosa. Sempre senti que a madrugada é o melhor turno para refletir e produzir. Porque é nesse momento que o corpo descansa, a alma desliga-se do real do dia e fala com você. E quando anoitecesse com uma chuva intensa... Ah! Melhor ainda.

As trovoadas, os clarões dos raios e o barulho dos pingos d’agua no teto de zinco, me acalmam. Então, com tudo isso a criatividade aflora. Os pensamentos fluem, são transcritos e logo passam, assim como as águas na rua ao lado dos cordões das calçadas. Abro a janela sinto o vento frio e úmido bater na minha cara. O cheiro de terra exala em todos os cantos recônditos da casa e dou um suspiro. É por essas coisas simplórias que percebo a satisfação e gratidão de estar vivo. Por hoje é isso, já é tarde e amanhã será mais um dia cinza lindo. O sono não permite (contra a vontade) que escreva mais. Dormirei tranqüilo. Os olhos pesam. Adormeci!

06 outubro 2008

Real situação

Não quero mais um romance
Só quero lances
Tenho o direito de me divertir
Sair por aí... Curtir

Que fase boa essa
Sinto-me tão vivo
Existe uma gana de passar por cima de tudo isso e aquilo
Como é bom fazer só o que interessa

Não dar ouvidos a ninguém que peça calma
Isso faz tão bem pra alma
Não há mais preocupações
Afinal, estou cercado de pessoas boas
Umas boas de fato, outras nem tanto... Mas isso não importa
Portanto, não há porque cair em pranto... As portas se abrirão

Quero viajar... Ir para a Argentina
Olhar tangos e conhecer esse lugar que tanto me fascina
De preferência na companhia de uma linda menina... Alternativa
Que não tenha medo da vida... Que viva intensamente
Ansioso por novas experiências
Conhecer pessoas diferentes... Inconseqüentes

Tenho uma vontade tremenda de seguir em frente
E Seguirei
Às vezes presente... Às vezes ausente
Mas se Deus quiser, sempre contente