13 julho 2015

13 de julho: Dia “Mundial” do Rock?

Apesar da efeméride ser chamada de Dia Mundial do Rock, esta data somente é comemorada aqui no Brasil. Ela surgiu em homenagem ao evento beneficente Live Aid em 1985, ocasião em que o músico Phil Collins expressou sua vontade de que a data fosse considerada o “Dia Mundial do Rock”. Porem, a ideia não ganhou seguidores lá fora.

Foi nos anos 1990 que duas rádios paulistanas (a 89 FM e 97FM) lançaram a ideia, abalizada pelo baterista inglês, e começaram a dedicar nesse dia programações alusivas à data. Então, o “Dia Mundial do Rock” não é reconhecido internacionalmente. Está mais para uma farsa.

Seria mais sensato comemorar o mês do rock, visto que existem outras datas em julho mais significativas para tal. Como em 5 de julho de 1954, quando Elvis Presley gravou pela primeira vez o Blues acelerado, “That’s All Right, Mama”; ou 12 de julho de 1962, data de formação e do primeiro show em Londres dos Rolling Stones; ou até mesmo em 25 de julho de 1965, quando o Bob Dylan “traiu” os folkeanos ao se apresentar pela primeira vez com uma guitarra elétrica no Festival de Newport.

Porque ao invés de copiar os gringos - até porque nem eles possuem uma data específica -, não se criou uma que celebrasse o rock em solo brasileiro? Poderia ser em março de 1959, quando Celly Campelo gravou a versão Estúpido Cupido; o álbum de estreia dos Mutantes em junho de 1968; ou em maio de 1973 quando a banda fictícia Rock Generation, liderada por Raul Seixas, lançou a coletânea “Os 24 Maiores Sucessos da Era do Rock”. Seria muito mais digno a nós brasileiros que amam esse estilo de vida.

Mas o que importa é evidenciar esse gênero extraordinário que mudou o rumo da história mundial. Tanto nas artes como no comportamento.