Apesar da efeméride ser chamada de Dia
Mundial do Rock, esta data somente é comemorada aqui no Brasil. Ela surgiu em
homenagem ao evento beneficente Live Aid em 1985, ocasião em que o músico Phil
Collins expressou sua vontade de que a data fosse considerada o “Dia Mundial do
Rock”. Porem, a ideia não ganhou seguidores lá fora.
Foi nos anos 1990 que duas rádios
paulistanas (a 89 FM e 97FM)
lançaram a ideia, abalizada pelo baterista inglês, e começaram a dedicar nesse
dia programações alusivas à data. Então, o “Dia Mundial do Rock” não é
reconhecido internacionalmente. Está mais para uma farsa.
Seria mais sensato comemorar o mês do
rock, visto que existem outras datas em julho mais significativas para tal. Como
em 5 de julho de 1954, quando Elvis Presley gravou pela primeira vez o Blues
acelerado, “That’s All Right, Mama”; ou 12 de julho de 1962, data de formação e
do primeiro show em Londres dos Rolling Stones; ou até mesmo em 25 de julho de
1965, quando o Bob Dylan “traiu” os folkeanos ao se apresentar pela primeira
vez com uma guitarra elétrica no Festival de Newport.
Porque ao invés de copiar os gringos -
até porque nem eles possuem uma data específica -, não se criou uma que
celebrasse o rock em solo brasileiro? Poderia ser em março de 1959, quando Celly
Campelo gravou a versão Estúpido Cupido; o álbum de estreia dos Mutantes em
junho de 1968; ou em maio de 1973 quando a banda fictícia Rock Generation, liderada por Raul Seixas, lançou a coletânea “Os
24 Maiores Sucessos da Era do Rock”. Seria muito mais digno a nós brasileiros
que amam esse estilo de vida.
Mas
o que importa é evidenciar esse gênero extraordinário que mudou o rumo da
história mundial. Tanto nas artes como no comportamento.