20 fevereiro 2015

04 fevereiro 2015

A voz calma do silêncio


Há artistas que são realmente difíceis de descrever, pois o impacto da arte é subjetivo. Cada um é tocado de forma diferente pela música. Muitos nem dão o mínimo tempo para ela. Outros a vivem. Mas para quem a ama, possui o privilégio de sentir a vida de outros prismas. Tamanha a aura que as canções carregam e te batem de uma forma arrepiante.

Sabes quando escutas algo que te faz acelerar o coração e te deixa sem fôlego? Que faz com que feche os punhos e cante junto.  E que durante a audição sentes uma mistura complexa de melancolia e alegria? Se já sentiste essa sensação entenderá o raciocínio.

Pois existe um artista, que ao escutar seus registros, proporciona-me essa avalanche de emoções. O nome dele é ANDREA BOCELLI. Um tenor italiano que merece todo o respeito. Independente de preferencias. Seu maior feito foi fazer com que a música clássica de tenor chegasse às massas. Conseguiu aproximar esse estilo tão séquito com a música popular mundial radiofônica. Tanto pela estrutura dos seus arranjos, quanto pelos duetos com artistas de reconhecimento.

Em meados dos anos 1990 fez muito sucesso no Brasil por fazer parte de trilha sonora de novela. Seu segundo álbum, “Romanza”, vendeu muito por aqui. Vide sucessos, como: Con te Partiro e Vivo per Lei.

Tenho retornado a infância ao escutar sua obra. É uma herança materna para mim. Mas somente agora entendo a potencia e o alcance de sua arte.

La Voce del Silenzio, Sogno, Il Mare Calmo de la Sera, Vivere e Canto de la Terra; são transcendentais.

Não poderia deixar escapar o desejo de escrever sobre Bocelli.