24 abril 2014

Sina de canto e caminhos é interrompida

É com muito lamento que a cultura musical gaúcha perde mais um dos seus perpetuadores. Na madrugada de domingo de pascoa, João Darlan Bettanin (o Xiruzinho), nos deixou com apenas 48 anos em um desastre de carro, pelas bandas de São Francisco de Paula.

Músico e advogado, compositor, intérprete e violeiro; Xiruzinho era natural da cidade serrana de Esmeralda, mas sua alma de cantor vertia a Rio Grande como um todo em suas canções. Escolheu Caxias para viver e de lá, a partir de 1984, disseminar sua arte devotada às nossas tradições.

Há tempos recebi o seu álbum “Nos Bretes da Vida”, que traz interpretações suas para poesias do nosso poeta João Sampaio. Na época escutei poucas vezes, mas nessas raras vezes deram para sentir sua excelência e a honestidade do seu trabalho.

Xiruzinho conhecia nossa história. Apesar de nascer na serra, tinha uma forte paixão pelo missioneirismo e pela cultura fronteiriça. Possuía empatias sentimentais que o aproximavam da cultura missioneira. Sua voz de bugre, anasalada e de dicção clara combinavam com a temática. Enlevado por Noel Guarany, Xiruzinho mesclava e disseminava a cultura guaranítica e latino americana com coração e maestria, como poucos. Junto de Jorge Guedes são os interpretes definitivos da poesia universal de João Sampaio.

Gravou sete discos: Um Parelheiro que Tenho (1991); Gaúcho, Tempo e Memória (1997); Sem Fronteiras (2003); Nos Bretes da Vida (2008); Xiruzinho Canta o Poeta e Payador Don Arabi Rodrigues (2009); A Arte Real em Versos, Pajadas, Décimas, Sonetos e Poesias (Livro-CD, 2012) e Aquarelas do Amor (2013), este como João Darlan e com composições populares que pendem para o sertanejo.

Xiruzinho foi além do seu pago, explorou o pampa dos países do Prata, entendeu e sentiu a irmandade gaúcha e também a transformou em melodia. É mais um Xirú dos bons que se vai. Vai matear lá em cima junto do tronco de Noel, seu maior inspirador.

Cantou em muitos rodeios e festivais nativistas, quem vivia nesse meio sentiu mais sua presença.
Foto: Roni Rigon/Agencia RBS


23 abril 2014

Todo mundo tem um sósia




                                       Alex Van Halen                                   Charles Bukowski


                                                  Gustavo Cerati       Mumu (Vera Loca)

03 abril 2014

Tributo à Los Iracundos no Clube Comercial

A noite deste sábado, 5 de abril, é de relembrar os sucessos da cinquentenária e mais popular banda uruguaia que se tem notícia: Los Iracundos.

Formada em 1958 em Paysandu, inicialmente como Los Blue Kings, pelos irmãos Franco (Eduardo – vocalista e compositor; e Leonardo – guitarrista), durante três décadas os Iracundos dominaram o seu país e construíram fama internacional com suas baladas românticas a lá Jovem Guarda.

Na ocasião serão interpretados grandes sucessos, como: Agua con Amor, Chiquilina, El Juguete, Hace Frío Ya, La Lluvia Terminó, Lisa de los Ojos Azules, Marionetas del Cartón, Porque no Vale la Pena, Puerto Montt (considerada a canção de maior êxito do grupo), Si Lloras por Mí, Te lo Pido de Rodillas, Va Cayendo una Lágrima, Y la Lluvia Caerá, Y me Quedé en el Bar, Venite Volando, entre outras pérolas do vasto repertório dos platinos, que conta com mais de 30 discos gravados - entre inéditas e compilações.

A noite será uma verdadeira ode ao passado. A celebração de uma era marcante da música latina. Além de prestarem tributo ao Los Iracundos, serão tocados sucessos dos chilenos Los Galos e Los Angeles Negros; e também do argentino Leonardo Favio. O conjunto The Luck Boys seguirá o baile.

O concerto homenagem está marcado para as 23h e a entrada custará 20 reais.





O encontro do palhaço com a música chega a Itaqui


Os músicos palhaços da porto-alegrense Bandinha Di Dá Dó se apresentam hoje no teatro Prezewodowski, em duas sessões: às 15h30min e às 20h. A entrada é gratuita.

O evento é uma parceria do Setor Municipal da Cultura e os Amigos da Cultura. A apresentação faz parte da "Circula Tchê Tour!", turnê da Bandinha Di Dá Dó, que passa por sete cidades do RS: Pelotas (2), Bagé (3), Itaqui (4), São Borja (5), Passo Fundo (6), Mostardas (11) e Rio Grande (12).

Este plano de circulação foi aprovado em edital e é financiado pela Secretária da Cultura do Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Conta com o apoio da Prefeitura de Itaqui, Prefeitura de São Borja, Casa Fora do Eixo de Pelotas e Atelier Coletivo de Bagé, e dos demais produtores locais das cidades roteirizadas.

A trupe começou sua jornada na capital em 2005 e já teve em sua formação um itaquiense, o músico Ed Lannes. Atualmente a banda é formada por Mauro Bruzza (acordeom e vocal), Thiago Ritter (baixo), Gabriel Grillo (guitarra) e Paulo Zé Barcellos (bateria). Artistas com experiência em trilhas sonoras para teatro e circo.

Com uma proposta de unir música e teatro para divertir - uma espécie de doutores da alegria da música – os palhaços Cotoco, Teimoso Teimosia, Invisível e Zé Docinho conquistaram uma atenção sólida no Estado e já se apresentaram na Europa. Em 2012 lançaram o primeiro registro autoral em CD, chamado “It's a Clown Music! Bandinha Di Dá Dó e Muito Mais...”.

A sonoridade do quarteto é uma mescla de world music, música cigana e rock and roll, e possuem diversas influencias, como: Gogol Bordello, Goran Bregovic, La Rue Kétanou e Municipale Balcânica.


O objetivo da Bandinha é levar o humor para as pessoas de todas as faixas etárias, em locais fechados ou nas ruas.