30 novembro 2008

Em busca do prestígio

Quem pensa que na fronteira do Estado não tem bandas de rock e músicos de qualidade está completamente equivocado. Existe uma cena musical que não se pode ignorar aqui na região. São Borja tem uma excelente banda e infelizmente muitos não têm conhecimento de sua existência, até porque o público que aprecia o bom e velho rock and roll é pequeno e por incrível que pareça muitas pessoas até hoje vêem o rock com maus olhos, coisa de vagabundo e inconseqüente, pasmem! Nem é preciso comentar o poder mudança que o rock é capaz de cometer.

Refiro-me à Monotape, banda de músicos de grandes capacidades. Diego Mello (vocal); Alex Lemos (guitarra); Cristian Aquino (baixo) e Everton Freedom (bateria) fazem um som exemplar e original.

A banda possui quatro músicas próprias gravadas com a produção de Otávio Moura da banda Dublê. As letras têm conteúdo e são de cunho romântico, mas isso não tem problema algum, desde que sejam bem tocadas. Rotulam a banda erroneamente de “emo”. Eles passam longe disso, é só vê-los ao vivo para mudarem de opinião. Os versos tratam de desilusões amorosas... Experiências maduras, e não aquela choradeira exagerada dos adolescentes que se definem como tais..

Com uma presença de palco descontraída, eles sabem fazer um show animado, com a competência de fazer até aquele velhinho ranzinza que está sentado no pátio de sua casa prestar atenção. A voz de Diego é forte e marcante, sua apresentação em cima do palco dá uma pitada de atitude na banda. Além de não decepcionarem em suas músicas, eles tocam com primazia “covers” de bandas gaúchas. Cara de vilão da banda Cartolas é tocada perfeitamente em seus ensaios ocorridos numa peça minúscula na casa do baterista.

Silêncio e Alguns segundos são aqueles hits que podem tocar em qualquer programa de rádio decente. No mar e Somente o tempo, são baladas acústicas de um lirismo impressionante.

A monotape, assim como todas as bandas do interior com potencial, sofre a dificuldade da distância da capital e dos grandes centros. “Divulgamos ao máximo em todas as possibilidades na internet, mas não sabemos a real dimensão do reconhecimento da banda. Nunca imaginamos a nossa música tocar na rádio Pop Rock, aos poucos estamos aparecendo”, comemora Cristian Aquino, o baixista.

“Com muito amor, cerveja e arte! Unindo forças de diversas influências a banda procura explorar em todos os sentidos a expressão, simplicidade e inspiração nas pequenas coisas da vida”. Esse é o texto de apresentação da banda em diversos sites de divulgação de bandas independentes na web.

Uma proposta de uma gravadora independente de São Paulo chegou, é uma grande oportunidade de lançar um álbum. A banda merece fazer sucesso. Recomendo.

20 novembro 2008

O que está acontecendo?

Madrugada de quarta pra quinta
Uma noite distinta
Bebo cerveja pra espantar o stress
Que o final do semestre traz.

Os colegas dormem em seus quartos
E eu aqui perdido me estragando nos cantos
O tempo vai passando
Poderia estar dormindo e amanha disposto ao posto de estudante.

Mas o momento é de desanimo ao estudo
Estou sem vontade disso tudo
Sem nenhuma gana e metas
Não quero me tornar um vagabundo.

Em contrapartida, não quero partir.
Estou gostando daqui
É três da manha, o que faço acordado?
Isso é o que chamo de tempo desperdiçado.

Ciente e confiante da capacidade da minha mente
Só falta perder esse medo latente
Afinal: “Tenho uma porção de coisas pra conquistar e não posso ficar aqui parado”
Olha o Raulzito no pensamento!

A música não pára
Toca Bebeto Alves agora!
Grande músico
Mas não há como negar que é mais conhecido por ser pai da Mel Lisboa, aquela boa!

Chega! Vou parar por aqui
A cerveja acabou
Preciso dormir
Amanhã é outro dia e eu devo sorrir

Essas são rimas ingênuas, mas acho que as pessoas entendem.
Creio que sou preciso no que quero transmitir
Não há o que omitir
Vamos seguir em frente e nunca... Nunca mentir!

19 novembro 2008

Um bom lugar para meditar

Sinto-me tão bem toda vez que vou ao Centro Espírita. Costumo ir uma vez por semana aqui em São Borja. Em Itaqui tive a oportunidade de visitar duas vezes e senti a mesma sensação... Tranqüilidade, amparo.

É imensamente gratificante entrar naquela porta, ver as pessoas virem ao nosso encontro nos receber com educação e nos dar aquele abraço fraterno. Sinto que passam um ar de preocupação para com os indivíduos que ali entram.

Não tenho pretensão alguma de ser um espírita, apenas gosto e sinto a necessidade de freqüentar a Casa, ouvir as palestras incentivadoras e tomar um passe de energias positivas. O tempo em que passo lá é o que realmente paro para refletir e agradecer.
Não só quando o desânimo chega, mas principalmente quando isso acontece, além de ler livros que me renovam, procuro ir naquele ambiente pacífico.

Ali você vê que a igualdade entre as pessoas é o que há de mais certo nesse mundo. Somos todos iguais! Todos iguais ao sentir dor. Todos chegam a um momento que precisam de ajuda. Não consigo imaginar como vivem as pessoas que dizem não acreditar em nada, completamente céticas. Aonde elas se apóiam? Será que possuem uma força superior? Não entendo. Penso que devemos acreditar em alguma coisa referente à religiosidade, senão a alma acaba tornando-se seca.

As pessoas precisam de ajuda. Todos têm seus problemas, seus momentos difíceis e queremos sempre combatê-los. Afinal, parafraseando Wander Wildner: “Eu não consigo ser alegre o tempo inteiro”. Ninguém consegue. Isso é evidente.

Por isso, estou sempre em busca da paz interior, da serenidade e da auto-confiança. As recaídas acontecem, mas são passageiras... Todas derrotáveis.

Muito Obrigado!

13 novembro 2008

Previsão concretizada

De fato, algo estava guardado para esse histórico time de façanhas invejáveis. O Grêmio está na luta como é acostumado estar. Nunca desistir é o lema dessa equipe desde sua criação, está intrínseco no seu interior... No cerne do seu espírito guerreiro. Um exemplo de futebol-raça atrelado ao estilo uruguaio e argentino.

Admiro mesmo o futebol jogado com mais vontade e pouca, ou quase nenhuma técnica. A vitória é muito mais prazerosa, deleitosa e merecedora. Futebol arte é uma chatice, pois não trás aquela explosão emocional quando se faz um gol sofrido.

03 novembro 2008

Domingo de troca de lideranças

No dia em que Felipe Massa perdeu o campeonato mundial da fórmula 1 por uma ultrapassagem, o Grêmio deixou de liderar o campeonato brasileiro depois de estar a frente na maior parte da competição, em um jogo sofrido em Porto Alegre, contra o Figueirense. Portanto, caiu da primeira posição para o terceiro lugar. Correndo o risco, a partir de hoje, de ficar fora das quatro vagas para a libertadores.

Novamente o time foi surpreendido logo no começo do jogo, levando um gol aos sete minutos de partida, em mais uma desatenção da zaga. Num reboliço na área do time mandante a bola sobrou e Felipe Mattione, lateral da equipe, pareceu se esquivar da bola que sobrou livre para o atacante Marquinhos, do Figueirense, chutar forte de fora da área e balançar as redes.

O Grêmio sentiu o baque, mas não esmoreceu e foi para cima a procura do empate. Pressionou todo o primeiro tempo. O gol veio depois de muito esforço aos 46 min da primeira etapa. Em uma confusão na área, Reinaldo, no rebote, empurrou com raiva para dentro do gol, para a euforia dos gremistas.

O primeiro tempo acabou, e a esperança dos torcedores do tricolor gaúcho de virar o jogo vigorava. A vitória era certa. O Grêmio jogava com vontade, da mesma forma que enfrentou o Caxias ano passado, quando precisava ganhar de quatro gols de diferença para se classificar. Mas o gol não vinha.

O Grêmio tentou, tentou, insistiu, teve chances claras de gol, porém a bola não entrava de jeito nenhum. Atacando incessantemente esqueceram-se do cuidado com a defesa e por pouco, não levaram o segundo em dois lances de contra-ataque do Figueirense. O time visitante não jogou, teve a sorte de, em um chute, aproveitar e fazer o seu gol. Quem jogou mesmo foi o Grêmio, correndo atrás do resultado. Que não veio. È aqueles dias que não é para ser. Poderia jogar mais quarenta e cinco minutos que não faria o gol. Faltou o principal fator: a finalização do ataque. Porque somente comandar não ganha jogo.

Agora o Grêmio tem poucas chances de ganhar o título, pois o São Paulo vem embalado. Acabou conquistando justamente a liderança do certame, nesta rodada, ganhando do colorado. Agora é enfrentar de cabeça erguida e confiante a pedreira do Palmeiras no Palestra Itália, time este que ocupa a segunda posição e segue vivo pelo título. Quem sabe não está reservado algo melhor para o tricolor dos Pampas. Ganhar sem dificuldades não é para o Grêmio. A história ratifica isso.

Os amantes e estudiosos do futebol agradecem. Nunca se teve um campeonato tão imprevisível e disputado como esse.