27 junho 2009

O adeus de mais um rei



Boa parte do planeta está de luto. Morreu, aos 50 anos de idade, Michael Jackson - o intitulado "Rei do Pop". Vitimado por uma parada cardiorrespiratória ele se foi derrepente e a triste notícia nos pegou desprevenidos. Sem nos dar a chance de prever sua partida. Michael estava em meio a uma preparação para voltar aos palcos com 50 shows marcados em Londres e seus fãs ansiosos para revê-lo em boa forma. Vontade cortada ao meio agora.

Lembro-me quando criança de pegar um disco de vinil e ver um negro com cabelos cacheados e vestido elegantemente com um terno branco. Óbvio, não tinha a noção do que aquilo significava. Anos depois entendi que se tratava de um clássico musical, Thriller, o álbum mais vendido de todos os tempos; 104 milhões de cópias. Marca quase impossível de ultrapassar.

Por seu talento musical e coreógrafo, Michael reinou nos anos 80 e 90. Ganhou todos os prêmios que merecia. Seus hits de maior destaque, Billie Jean, Thriller, Beat It e Bad chegaram ao topo das paradas e tocaram incessantemente nas ruas e em casas de família. Suas danças peculiares com seus passos deslizantes fascinaram as pessoas de todas as faixas etárias, mundialmente. O que fez surgir incontáveis imitadores e sósias da sua figura exótica.

Seus videoclipes de alta produção em forma de curta-metragem marcaram época nos canais televisivos, principalmente na MTV, onde nunca foi tão tocado; mais do que qualquer outro artista de notoriedade. Dentre suas tantas imagens e aparições no auge do seu sucesso, a sua visita à favela no Brasil e sua gravação com o grupo Olodum, querendo admitir ou não, foi um momento que ficará na memória não só dos seus admiradores mais devotos, mas de qualquer um que se ligue em música e na cultura artística.

Michael Jackson sempre foi uma figura curiosa. Sua transformação imagética, do preto pro branco e do seu rosto semelhante a uma caveira assustou a todos, assim como seus transtornos psicológicos que o tornaram um sujeito extravagante e maniático. Distúrbios que decorreram na sua decaída e reclusão. Depois vieram as acusações de pedofilia que certamente corroboraram no desvio do artista para o criminoso.

O pop star foi mais um que não soube lidar com a vida da fama. Convivas dizem que era uma pessoa sensível e afetada por sua infância (ou falta dela) sofrida com seu pai rígido que privava a liberdade dos seus filhos. As situações de escândalo do ídolo pop o desgastaram. Não produzia mais e vivia encarcerado em seu castelo, brincando como uma criança sem amigos nos seus brinquedos. Resultado do esbanjamento para trazer a infância perdida: uma dívida de cerca de 800 milhões de reais.

Os fãs órfãos em toda a parte do mundo ignorarão os acontecimentos infelizes da carreira do seu ídolo e o lembrarão nas duas décadas de imensurável sucesso. Trajetória que resultou na venda de mais de 750 milhões de discos. Agora com sua morte toda sua carreira será revitalizada e nos próximos meses o "produto Michael Jackson" venderá excessivamente. E todos sairão ganhando, menos ele.

Sua passagem contundente o fez se tornar em mais um mito imortal. Sua fama equipara-se aos Beatles e a Elvis Presley. Aliás, a referencia de Michael Jackson está para a música pop assim como o Elvis está para o rock.
Lembre-se de uma parceria memorável entre o "Rei do Pop" e o rock:
http://www.youtube.com/watch?v=RPDZiyimdqg

Um comentário:

J P Fagundes disse...

Estão joia teus textos Laranja! Muito bons mesmo!

Forte abraaaaaaaço borracho!