24 junho 2009

É hoje... O início de uma batalha em azul. Grêmio e Cruzeiro se encaram em busca da final do torneio de futebol mais importante da América – a tão cobiçada Libertadores. O efeito da peleja é de tensão. Cruzeirenses e gremistas mais ortodoxos por certo acordaram para o dia com uma sensação diferente. O pensamento latente no jogo não se desprendeu em nenhum momento da mente, como um fantasma do nervosismo. E, no presente momento; duas horas precedentes ao jogo, os fanáticos já fizeram a sua organização supersticiosa: ligaram o rádio, foram à igreja rezar, acenderam as velas, compraram a cerveja, combinaram o local com os amigos, pegaram as bandeiras, entre outros misticismos que comprovam a devoção.

Doze anos depois, as duas equipes se reencontram no campeonato. Na última oportunidade quem levou a melhor foi o clube mineiro. Eliminou o tricolor gaúcho. Derrota que deixou amarguras até agora na garganta do torcedor. Portanto, essa semifinal é a chance do revide. A disputa tem, dessa vez, um fato coincidente; o atual técnico do grêmio Paulo Autori será o único a assistir e sentir a emoção dos dois encontros do mata-a-mata (em 1997 ele comandava o Cruzeiro).

Os torcedores devem estar com as pernas tremendo e relembrando façanhas de suas equipes. Mas, a dica que sempre dou nessas horas é não ser demasiado otimista na vitória, e sim “entrar para o jogo” um pouco desacreditado. Isso ameniza a ansiedade pré e durante a partida e, principalmente, diminui o sofrimento na pior hipótese, afinal já se pressentia. No entanto, esse pensamento não deve estar acima da crença, até o último minuto, na vitória – essa é a porta para o triunfo. Por mais complexo que seja é preciso equilibrar as emoções.

Que o resultado desse prélio seja justo.

Nenhum comentário: