26 janeiro 2010

Bom senso

A principal qualidade que um trabalhador que trata com clientes deve ter, seja ele um comerciante, um vendedor ou um balconista de supermercado; é a simpatia. Esse adjetivo é essencial para as boas vendas. Mas não aquela alegria falsa, porque isso é perceptível, e sim o comportamento natural. Se não está com a mente reluzente de felicidade e está desanimado ou esgotado, não quer dizer que não possa dar um oi ao freguês. É preferível uma saudação padronizada ao silencio desprezível.

Parafraseando o músico gaúcho Wander Wildner que diz: “eu não consigo ser alegre o tempo inteiro”. É óbvio que ninguém consegue. Isso é inalcançável. Todos têm dificuldades. Uns apenas são mais sensíveis à negatividade que os outros. São os que ruminam o sofrimento. E uma das conseqüências disso é o mau humor. Aquele com o qual já deparou-se no caixa de um mercado. A má vontade, a cara feia, e até o extremo do descontrole emocional: a estupidez.

É tão prazeroso ver uma pessoa em um momento de boa disposição de espírito. Quando apresenta aquele sorriso verdadeiro e te deseja um bom resto de dia. Conduta contagiante, que tem a capacidade de animar, pelo menos por minutos, o mais angustiado dos seres.

A mensagem que penetra, quando esses momentos polidos se sucedem, é a de que ainda existem muitas pessoas puramente bondosas nesse mundo atribulado.

(Escrito no ano passado, em data não registrada)

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