05 fevereiro 2009

Tortura musical: ninguém merece!

A notícia de que militares americanos estavam usando músicas populares para torturar os prisioneiros de Guantânamo, que será fechada até o próximo ano por decreto de Obama, deixa os artistas feridos, indignados... Realmente furiosos. Obviamente.

Canções de bandas diga-se “pesadas”, como Nine Inch Nails, Metallica e AC/DC eram executadas infindávelmente na prisão, penetrando como se fossem sons aterrorizantes de gritos e grunhidos nos tímpanos dos torturados. Enlouquecendo-os. Enquanto o som tocava os soldados batiam sorrindo, descarregando suas maldades e iras interiores. Multiplicando, assim, o sofrimento.

Bee Gees, Queen, o hino ufanista de Bruce Springsteen, Born in the U.S.A e a obra completa da Britney Spears também eram usadas como castigos pelos sádicos.

Imagina terem que escutar parte do dia sem interrupção, Stayin' Alive dos vozes finas do Bee Gees, ou se verem obrigados a ouvir uma música que exalta as virtudes americanas, sendo de outra nacionalidade e cultura? É de arrancar qualquer confissão que se queira.

Os artistas endinheirados sentiram-se atingidos. Não imaginaram que seus filhos artísticos seriam usados para tal crueldade (que remete à técnica Ludovico escrita por Anthony Burguess em Laranja Mecânica). Decidiram, então, levantarem as bundas de suas poltronas caras e abrirem processos contra o governo americano. Boa estratégia para mais uma bola fora do “adorado” Sr. Bush. As indenizações, declararam, que serão doadas a instituições de direitos humanos.

Uma atitude esperada. Pois a música não existe para tal finalidade: lavagem cerebral. Nem mesmo aquelas que tratam de assuntos obscuros. É o preço que se paga pelo poder simbólico que ela exerce. Corre-se o risco de mentes perturbadoras às usufruírem da pior maneira possível.

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