15 outubro 2008

A chuva calmante

Faz três dias que chove aqui em São Borja, não só aqui, mas na maior parte do Estado. Coisa boa! Os dias estavam muito secos, já estava precisando de água para molhar um pouco a vida. Pena na esfriar! Aproveito e faço as coisas que combinam com chuva: dormir (se tiver tempo) e olhar um bom filme com os amigos, comendo uma pipoca e tomando uma Coca Cola bem gelada. Meu pai que costuma dizer: “O cara que inventou a Coca é muito meu amigo”. Ele é viciado neste refrigerante assim como eu. É um veneno para a saúde, mas fazer o quê? Ninguém mandou ser muito bom! Afinal, tudo que dá prazer faz mal feito com exagero.

Voltando ao meu raciocínio principal.

Escrevo numa noite chuvosa. Sempre senti que a madrugada é o melhor turno para refletir e produzir. Porque é nesse momento que o corpo descansa, a alma desliga-se do real do dia e fala com você. E quando anoitecesse com uma chuva intensa... Ah! Melhor ainda.

As trovoadas, os clarões dos raios e o barulho dos pingos d’agua no teto de zinco, me acalmam. Então, com tudo isso a criatividade aflora. Os pensamentos fluem, são transcritos e logo passam, assim como as águas na rua ao lado dos cordões das calçadas. Abro a janela sinto o vento frio e úmido bater na minha cara. O cheiro de terra exala em todos os cantos recônditos da casa e dou um suspiro. É por essas coisas simplórias que percebo a satisfação e gratidão de estar vivo. Por hoje é isso, já é tarde e amanhã será mais um dia cinza lindo. O sono não permite (contra a vontade) que escreva mais. Dormirei tranqüilo. Os olhos pesam. Adormeci!

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