A internet é
uma dádiva para nós jovens que não vivemos tempos que queríamos presenciar. Com
ela podemos nos transportar aos anos pretéritos. Podemos escutar obras que
marcaram gerações. Somente nessas viagens de garimpo podemos nos deparar, por
exemplo, com grupos como QUINTAL DE CLOROFILA.
Quem é que
escreve sobre alamedas, pinheiros e pirais? Somente os irmãos Arbo: Antonio
Carlos, Negrende e Dimitri. Registros que é difícil de ver similares nos dias
atuais. Ao lado de grupos lendários do folk rock gaúcho dos anos 1970, como OS
TÁPES, ALMÔNDEGAS, UTOPIA, GRUPO TERRA VIVA, TAMBO DO BANDO e COURO, CORDAS E
CANTOS; o duo Quintal de Clorofila se destacou com essa jornada atmosférica chamada “Mistério dos
Quintais”, lançado em vinil no ano de 1983.
Mistério dos
Quintais é um dos álbuns mais ricos e inspiradores da discografia gaúcha do
rock nacional. Possui uma sonoridade mística de sons universais. Psicodelia de
São Francisco, música andina, medieval, latina, natureba, e até oriental.
A complexidade
sonora e lírica é cativante. Leva-nos aos Montes Urais à Amazônia. À JETHRO
TULL e PINK FLOYD até a bandas sonoras de filmes de Western. Há muito que
perceber e sentir no Mistério dos Quintais.
Quintal de
Clorofila é a prova de que o rock brasileiro sempre foi opulento e subestimado.
Há até um
tributo aos Beatles em “Liverpool”.
Gosta de
Jethro Tull? Ouça!
Quem tem esse
LP possui uma pérola de cultura nas mãos.
“Ainda há esperanças em todos nós,
pois nós sonhamos em querer viver.”
Quintal de Clorofila – O Mistério dos
Quintais (1983)
1. As Alamedas
2. Jornada
3. Drakkars
4. Liverpool
5. Gotas de Seresta
6. Viver
7. O Último Cigano
8. Jardim das Delícias
9. Balada da Ausência
10. O Mistério dos Quintais
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