12 setembro 2014

Rock Gaúcho: bandas novas que valem a pena - Rinoceronte


Na seara vasta dos estilos de se fazer rock, a que sempre me fascinou mais são os power-trios. É o rock puro. Direto. Baixo, bateria e guitarra. Sem frescuras e enfeites sonoros. É o “simples” essencial. É a porrada comendo solta mesmo. Harmonia pesada e simétrica da cozinha com riffs que complementam. Com direito a viradas de bateria e grooves de baixo.

Sonoridade densa e veloz, como uma manada de búfalos descendo uma ladeira e levantando poeira. Essa é a sensação de escutar um bom Hard de três integrantes, principalmente dos anos 1970. De Cream, Jimi Hendrix Experience e Blue Cheer à Grand Funk Railroad, Mountain, Trapeze, Budgie e Beck Bogart & Appice. E aqui na América do Sul de Pappo’s Blues, Aeroblus à Vox Dei e Color Humano.

No trio não há espaço para fingimento. Não há o que esconder. Ou se sabe tocar muito bem ou desmorona. Não há liga. São poucas as bandas que sincronizam e são criativas em forma de tríade. São únicos em seus instrumentos e há um acumulo de tarefas no que toca e canta que demanda dom e muita sensibilidade.

Aqui no Rio Grande do Sul tem um grupo que faz esse tipo de som e que se encaixa perfeitamente nessas propriedades. É a RINOCERONTE. Banda de Santa Maria que nos remete à esse Hard setentista pegado de três músicos.

A banda é formada por Paulo Noronha (voz e guitarra), Vinicius Brum (baixo e voz) e ‘Alemão’ Luis Henrique (na bateria). Formada em 2007, já lançaram dois discos completos (Nasceu -2010 e O Instinto-2013) e rodaram o Brasil em muitos festivais independentes.

Possui uma sonoridade coesa, pesada, com flertes a stoner, e uma performance empolgante. Letras inteligentes e em português. Rinoceronte não é mais promessa. É uma das melhores bandas do modo power-trio do país. Os caras arrebentam com tudo! Pra quem gosta de rock com tutano é indispensável.

Saiba mais em: www.rinoceronterock.com



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