29 fevereiro 2012
17 fevereiro 2012
Por uma vida carnavalesca
Há sempre uma aura triste no carnaval. As aparências todas estão reluzentes, mas por trás dos passos e sorrisos há uma angustia de preocupação com o futuro próximo. Os dias de festa são anestésicos da realidade. Desvios prazerosos. Boas doses de felicidades concretas ou artificiais. Existe um sentimento de negação do fim. Mas, infelizmente todo o carnaval tem o seu. E como é duro e difícil encarar o acabou. Encarar a quarta-feira de cinzas. O pior dia do ano. O mais depressivo e solitário. Há um contraste de comportamento. Somos obrigados a pensar, a seguir em frente. Dar jeito nas ações e na coragem para enfrenta-las.
Mas ao mesmo tempo o carnaval serve para sorrirmos e gozar o engraçado. Contemplar a felicidade. A celebração dos momentos, das companhias e conversas cheias. Serve para não pensar. E sim, aproveitar a vida. A ocupação das bebidas, das gargalhadas, da audição dos sambas, embora os verdadeiros sejam cheios de ilusões perdidas. O samba de raiz; entenda-se Noel, Cartola, Nelson Cavaquinho; entre tantos outros, é a manifestação dos sentimentos sinceros, das agruras e das satisfações vividas.
Portanto, nos deparamos com a tristeza. Não tem como fugir dela. Ela também é essencial, tanto quanto a alegria. Então, há de se prestar atenção estritamente nos ritmos. Dançar, cantar, imaginar o positivo. Agradecer a felicidade. Nem que seja a brevidade dela. Há de se buscar um momento carnavalesco a cada dia.
Boas festas a todos!
13 fevereiro 2012
Uma coisa que achei errado foi o entrevistado que consta na sessão Histórias do Rock de São Borja, expor uma situação que nunca aconteceu na sua totalidade com o conjunto Os Sheiks, conforme segue: "Em 1974, eu comecei a escutar Os Sheiks. Tinha o G. que tocava muito bem guitarra. Pena que se destruíram nas drogas, esse que foi o problema dessa turma. Se não foi droga, foi a bebida. Isso que acabou com quase todos. Os Sheiks já tocavam Elton John, aquela Crocodilo Rock".
Nós não nos destruímos conforme cita o entrevistado, nós paramos porque era o momento de isso acontecer. E quanto a drogas, quem a consumia era somente o "G", pois nenhum dos outros componentes dos Sheiks usava drogas. Eu, o Moiano, o João Carlinhos, o João Aires e o Joel só bebíamos refrigerantes. Eu era quem mais se preocupava, na banda, com o estado do "G”, pois eu tinha que o vigiar durante todo o dia de sábado, quando iríamos tocar em algum clube, para que ele não consumisse, a fim de que Os Sheiks permanecessem com a boa conduta social que sempre teve.
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